segunda-feira, 10 de junho de 2013

Um Cavalheiro Andarilho Parte 1: Manhã Inqualquer

     Acordo de outra entre várias aventuras nas terras onde sou apenas um vassalo. No momento minhas experiências ocorrerão no mundo (semi) Desperto, salvos os momentos onde me encontrariam quase,se não, em transe, imaginando ou criando uma nova paixão, só para esconder minha natureza estável e feliz de solteiro que sente falta de amar.
     Após tanto hesitar, me levanto do leito de meus pensares e sigo para o banheiro, para lavar o rosto e me barbear após uma breve visita ao meu interior, compenetrando-me ao olhar cigano que me observa do outro lado da ilusão ótica do que seria meu estereótipo, refletido na alma enquadrada no azulejo frio. Sempre que vou visitá-lo, meu interior, está sempre lá, mas nunca o mesmo. A única coisa estacionária dentro de tantas mudanças são apenas as mesmas íris opacas como a chama que arde no inferno e, ao mesmo tempo, azuis como o gelo que queima em meu coração. Ou o que resta dele. São bonitas, quase que recuperam minha sanidade, entretanto não vou adoecer tão facilmente.
     Deixando minha higiene pessoal (por sinal muito saudável.) à parte, coloco uma roupa bacana, preparado para qualquer coisa, mas ao invés de fazer qualquer coisa, acendo o cigarro. Não apenas um cigarro, o primeiro cigarro do dia. E como de costume o cinzeiro da vez é a caixinha da aliança da minha ex-namorada. Ela me amava, claro, mas também tinha 16. Ou não.Sem mais delongas, movimento-me até a rodoviária, caçando um lugar para ir, até lá estava chegando de metrô, a partir de então pegaria um ônibus para onde for. Estou pronto para partir.

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