domingo, 21 de agosto de 2016

Ninguém, É Eterno

     Quando encruzilhadas se despertam dentro do espectro oscilante do desespero, há sempre o medo de deixar o caminho já conhecido.  Quando a parede se fecha atrás de você, quem você foi torna-se um beco sem saída. O improviso que é trilhar um novo “eu” com uma estrada feita de tijolos removidos do altar do eterno pretérito, que agora deixam lacunas na parede onde são preenchidas por dúvidas sobre o seu antigo pensar, vagueia nas sombras deixadas pelo alumbre da falsa sensação de ideias inatas.
     Os jogos de guerra e paz que se travam entre o meu ser e o meu ínfimo estandarte estampado pelo clichê caricato do rapaz sonhador, exuberam os choques entre feixes vermelhos e violetas que se amarram em um laço, unindo o pensar e o sentir em conforme que nenhum dos dois exércitos apelem para a abertura do receptáculo do Caos e Ordem. Ao mesmo tempo em que ambos reinos clamam pela quebra do Statu Quo de aprimoramento de peças falhas da máquina do ser.
     O que se sobra são sombras de caminhos adversos e controversos, onde primo modo semeia o carinho e o amor pela espera por alguém indeterminado, enquanto semita secundo pega o próximo trem para a fortaleza fossílica onde reside a cátedra sentimental, que prega a inconquista dos fragmentos cardíacos. Que caminho devo seguir, se nem Icarus sobreviveu quando voou muito perto de Rá?

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